O nosso intestino é um órgão fascinante e ao mesmo tempo muito complexo pelo seu tamanho (cerca de 250 m2 se o abrissem) e pelas suas funcionalidades.
Tem sido um alvo importante de estudo comprovado pelas melhores universidades do mundo. Sabe-se que o intestino além de alojar triliões de bactérias, possui cerca de 500 milhões de neurónios, corroborando a ideia do intestino como segundo cérebro, defendido há milhares de anos pela medicina chinesa.
Atualmente a associação do intestino a diversas patologias revela uma preocupação absolutamente necessária para com a saúde deste órgão. Se acha que a saúde do seu intestino apenas se reflete em problemas do sistema digestivo, então entenda que no intestino é produzida cerca de 90% da serotonina, neurotransmissor com ação ao nível do bem-estar, equilíbrio emocional, regulação do sono, saciedade, enxaquecas, líbido, entre outros. Tal como a serotonina, existem outras substâncias importantes para o nosso equilíbrio orgânico, cuja entrada na corrente sanguínea ocorre graças ao bom funcionamento deste órgão. Assim sendo, compreende-se a razão pela qual o intestino é cada vez mais associado à saúde mental.
Na Wholism vamos observando que esta é a realidade e que por trás de distúrbios do sistema nervoso, se encontra sempre um intestino que não está saudável e funcional. Também verificamos que exatamente nestes casos, existem simultaneamente problemas gastrointestinais, na maior parte dos casos sintomáticos, embora o paciente não valorize muitas vezes o seu aparecimento. Neste sentido, independentemente do percurso terapêutico aconselhado ao paciente, propomos sempre as alterações alimentares necessárias à situação apresentada.
Quando falamos de intestino, existe outro pormenor importante para o resto da sua vida: a Microbiota Intestinal!
Esta peça absolutamente fundamental para toda a saúde, consiste basicamente numa barreira com cerca de 100 mil milhões de bactérias que se começam a instalar no nosso intestino quando nascemos durante o parto. À medida que a comunidade científica tem estudado a microbiota intestinal, comprova a sua importância muito além das patologias gastrointestinais comuns nos dias de hoje como a obstipação crónica, doença de crohn ou mesmo cancro do intestino. Os estudos revelam que a saúde da microbiota tem um impacto direto no aparecimento e agravamento de patologias inflamatórias e auto-imunes. São exemplos disso a fibromialgia, artrite reumatóide, alergias e esclerose múltipla.
Enquanto terapeutas procuramos sempre restaurar a flora intestinal (Microbiota) através da alimentação e/ou suplementação natural, conseguindo desta forma melhorar substancialmente quer um quadro patológico, quer a propensão para o aparecimento e desenvolvimento de patologias.
O estilo de vida atual e o ambiente que nos envolve, coloca-nos em contacto com inúmeros agentes patogénicos, pesticidas, herbicidas, solventes e tantas outras substâncias cujo nosso organismo não reconhece. Manter uma flora correta e equilibrada, ajuda o seu intestino a manter a capacidade de ser seletivo às substâncias que deixa entrar para a corrente sanguínea.
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