
O problema do açúcar e soluções mais naturais
Muito se fala sobre o açúcar e os seus malefícios. Cada vez mais existe a consciência de que as calorias não são todas iguais e que devemos escolher sabiamente quais os hidratos de carbono (açúcares) a consumir.
O que são açúcares?
“Açúcar” é um termo genérico utilizado para designar os hidratos de carbono que ingerimos e que podem ser classificados em simples ou complexos:
Hidratos de carbono simples – são constituídos por uma (monossacarídeos) ou duas moléculas de açúcares (dissacarídeos) e por isso mesmo, rapidamente absorvidos pelo organismo. Como exemplo temos a frutose e a lactose , que se encontram naturalmente presentes na fruta e no leite, respetivamente. Existe ainda a sacarose, que é o açúcar de mesa, proveniente da cana-de açúcar.
Hidratos de carbono complexos – são constituídos por várias moléculas de açúcares (polissacarídeos) e com uma absorção lenta. Este tipo de hidratos de carbono deve ser a base energética da nossa alimentação. Como exemplo deste grupo temos o amido, presente na batata e nos cereais por exemplo.
Além disso, quando falamos em açúcar, é essencial chamar a sua atenção para todas aquelas palavrinhas terminadas em “ose” e “itol” que constam nas embalagens em letras miudinhas: glucose, sacarose, frutose, dextrose, maltodextrina, sorbitol, poliglicitol,…
São inúmeros os problemas do açúcar, entre eles o facto do seu consumo ter a capacidade de disparar a produção de dopamina, um neurotransmissor que induz ao relaxamento e bem-estar. Por esta razão, existem estudos que consideram esta substância aditiva. Estamos a falar concretamente dos hidratos de carbono simples, que apesar de acharmos que só existem na pastelaria típica, nas massas, pão branco, bolachas e bolos estão presentes em praticamente todos os alimentos processados e enlatados (bolachas, refrigerantes, carnes frias, barras de cereais, batatas-fritas, enlatados, margarina, etc) como forma de conservante. Portanto, mesmo quando procura fugir aos típicos bolos, provavelmente estará a ingerir mais açúcar simples do que aquele que necessita e é recomendado.
Para além disso, o açúcar simples contribui para a perda de memória e dificulta a aprendizagem; leva à diabetes, problemas dentários, aumento do risco de cancro, envelhecimento precoce, diminuição da fertilidade, problemas na flora intestinal, infeções persistentes, colesterol e triglicéridos altos, doenças cardiovasculares, entre outros.
Existem alternativas que são muito mais saudáveis e alteram profundamente processos fisicos e mentais:
Tome um pequeno-almoço rico em proteínas, para evitar a vontade de comer açúcar a meio da manhã. Os ovos são uma alternativa eficaz e saudável;
Em vez de bolachas, a meio da manhã coma um pouco de abacate ou queijo de cabra gordo. Um ovo cozido também é uma boa opção — estas são boas gorduras;
Substituir as massas, pão e bolachas por quinoa, amaranto, arroz integral, batata doce, etc
Substituir a sacarose dos bolos por açúcar de coco, mel ou pasta de tâmaras, em quantidades razoáveis;
Compre alimentos sem rótulos, ou seja biológicos de produtores locais
Mantenha-se hidratado;
Experimente uma pitada de sal e vai salientar o doce natural de alguns alimentos como a fruta.
Eduque o seu paladar. O excesso de consumo de açúcar habitua a sensibilidade das nossas papilas gustativas ao doce. Seja persistente e dê-lhe tempo para que este se habitue às suas novas escolhas. Dentro de algum tempo, irá reparar que já não suporta alimentos excessivamente doces como anteriormente.
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